quarta-feira, 29 de julho de 2009

Indo além do sexo...

Transformation Tarot Card
Sexo

O Círculo de Mahamudra

O sexo guarda consigo grandes segredos, e o primeiro segredo é - se você meditar verá isso - que a felicidade vem porque o sexo desaparece. E sempre que você estiver naquele momento de felicidade, o tempo também desaparece - se você meditar sobre isso - e a mente também desaparece. E essas são as qualidades da meditação. Minha própria observação é que o primeiro lampejo da meditação no mundo deve ter vindo através do sexo, não há outra forma possível. A meditação deve ter entrado na vida através do sexo, pois este é o fenômeno mais meditativo. Se você o entender, se você for fundo nele, se você não o usar apenas como uma droga. Então, aos poucos, lentamente, à medida que a compreensão cresce, o anseio desaparece, e chega um dia de grande liberdade em que o sexo não é mais uma obsessão. Então você se torna silencioso, tranquilo, absolutamente você mesmo. A necessidade do outro desapareceu. Ainda é possível fazer amor se quiser, mas não há mais necessidade. Então será uma espécie de compartilhamento.

Quando dois amantes estão em um profundo orgasmo sexual, fundem-se um no outro. Então a mulher não é mais a mulher, o homem não é mais o homem. Tornam-se algo similar ao círculo de ying/yang, alcançando um ao outro, encontram-se dentro do outro, dissolvendo-se, esquecendo suas próprias identidades. É por isso que o amor é tão bonito. Esse estado de profunda penetração orgástica é chamado de mudra. E o estágio final do orgasmo com o todo é chamado de Mahamudra, o grande orgasmo.
O orgasmo é um estado no qual seu corpo não é mais sentido como matéria. Ele vibra como energia, eletricidade. Vibra tão profundamente, partindo de sua própria fundação, que você se esquece completamente que é algo material. Torna-se um fenômeno elétrico - e é um fenômeno elétrico. Agora os físicos dizem que não há matéria, que toda matéria é apenas aparência e, lá no fundo, o que existe é eletricidade, e não matéria. No orgasmo, você atinge essa camada mais profunda de seu corpo, na qual a matéria não mais existe, apenas ondas de energia, e você se torna uma forma de energia dançando, vibrando. Não haverá mais limites para você - pulsando, mas imaterial. E quem você ama também estará pulsando. Aos poucos, se os parceiros se amam e se entregam um ao outro, eles se entregam a esse momento de pulsação, de vibração, de ser apenas energia, e não têm medo.
Porque é uma experiência similar à da morte, essa de perder os limites do corpo, quando o corpo se torna algo vaporoso, quando a substância do corpo se evapora e só resta energia, um ritmo muito sutil, mas você se percebe como se não fosse mais. Apenas dentro de um amor profundo alguém pode entrar nesse estado. O amor é como a morte: você morre em relação a se pensar como um corpo. Você morre como um corpo e evolui como energia, energia vital. E quando a mulher e o marido, ou os amantes, ou os parceiros, começarem a vibrar em um certo ritmo, seus corações e seus corpos se juntam em um mesmo ritmo, cria-se uma harmonia e há um orgasmo. Eles não são mais dois. Esse é o símbolo do ying e yang: o ying se movendo dentro do yang, o yang se movendo dentro do ying, o homem se movendo dentro da mulher, a mulher movendo-se dentro do homem. Agora formam um círculo e vibram juntos, pulsam juntos. Seus corações não estão mais separados, seus batimentos não estão mais separados: tornam-se uma melodia, uma harmonia. É a música mais fantástica possível. Todas as outras músicas soam pálidas em comparação.
Orgasmo é a vibração de dois unidos em um só. Quando a mesma coisa acontece, não com outra pessoa, mas com toda a existência, então é Mahamudra, então é o grande orgasmo.


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Ciúme



Osho,
Sempre que você fala de nossos defeitos e fraquezas, geralmente menciona a raiva, o sexo, o ciúme. A raiva e o sexo parecem bastante claros e diretos, mas há alguma confusão sobre o que é exatamente o ciúme, e é mais difícil chegar à raiz disso. Poderia nos falar sobre o ciúme?

Sim, falo mais sobre raiva e sexo, e menos sobre o ciúme, pois este não é uma coisa primária. É secundário. O ciúme é uma parte secundária do sexo. Sempre que você tem um desejo sexual em sua mente, uma manifestação sexual em seu ser, ou se sente sexualmente atraído por alguém, o ciúme entra em cena porque você não está amando. Se você ama, o ciúme não aparece.
Tente entender a coisa toda.
Sempre que você está ligado sexualmente, fica com medo, pois, na verdade, o sexo não é um relacionamento, e, sim, uma exploração, uma utilização.
Se você está apegado a uma mulher ou a um homem sexualmente, fica sempre com medo de que essa pessoa possa ir embora com outra. Não há um relacionamento real.
É apenas uma exploração mútua. Vocês estão explorando um ao outro, mas não amam, e vocês sabem disso, por isso têm medo.
Esse medo torna-se ciúme, e você começa a não permitir certas coisas. Começa a vigiar. Toma todas as medidas de segurança para que o homem não possa olhar para outra mulher. Só o olhar já é um sinal de perigo. O homem não deve falar com outra mulher, pois falar... E você sente medo de que ele possa ir embora. Então, você fecha todos os caminhos, todas as possibilidades de o homem ir com outra mulher, ou de a mulher ir com outro homem. Você fecha todos os caminhos, todas as portas.
Mas aí surge um problema.
Quando todas as portas são fechadas, o homem torna- se morto, a mulher torna- se morta, ambos tornam- se prisioneiros, escravos, e não se pode amar algo morto. Você não pode amar alguém que não é livre, pois o amor só é belo quando é dado livremente, voluntariamente, quando não é tomado, pedido, forçado.
Primeiro você toma medidas de segurança. Então a pessoa torna-se morta, como um objeto. Um amado ou amada podem ser pessoas, mas a esposa ou o marido tornam-se objetos para serem vigiados, possuídos, controlados. E quanto mais você controla, mais está aniquilando, pois a liberdade é perdida. E a outra pessoa pode ficar ali por outras razões, mas não por amor, pois como você pode amar alguém que o possui?
Você sente que essa pessoa é um inimigo.
O sexo cria o ciúme, que é secundário. Portanto, a questão não é como eliminar o ciúme. Você não pode eliminá-lo, pois não pode eliminar o sexo. A questão é como transformar o sexo em amor. Então, o ciúme desaparece.
Se você ama uma pessoa, o próprio amor é garantia e segurança suficiente. Se você ama uma pessoa, sabe que ela não pode ir com mais ninguém. E se ela for, foi. Nada pode ser feito. O que você pode fazer? Pode matar a pessoa... mas uma pessoa morta não serve para muita coisa. Quando você ama alguém, confia que ele não vai embora com ninguém. Se ele vai, é porque não há mais amor, e nada pode ser feito. O amor traz essa compreensão. Não há ciúme. Portanto, se há ciúme, saiba que não há amor. Você está fazendo um jogo; está escondendo o sexo atrás do amor. O amor é apenas uma fachada; a realidade é o sexo.
Na Índia, como o amor não é permitido absolutamente, os casamentos são arranjados e existe um tremendo ciúme. O marido e a esposa nunca se amam, estão sempre com medo, e sabem que tudo é um acordo, um arranjo. Eles foram arranjados pelos pais, pelos astrólogos, eles foram arranjados pela sociedade. A esposa e o marido nunca foram consultados. Em muitos casos, eles nem se conhecem, nunca se viram. Então existe medo. A esposa tem medo, o marido tem medo, e ambos ficam se espionando. Qualquer possibilidade de amor é perdida. Como o amor pode crescer no medo? O casal pode viver junto, mas isso não é realmente viver junto. Os dois apenas se toleram juntos, tentam levar a vida juntos, de alguma forma. É algo utilitário.
E, a partir daí, pode-se dar um jeito nas coisas, mas o êxtase não é possível. Você não pode celebrar e festejar. O casamento torna-se um peso a ser carregado. Assim, o marido está morto antes de morrer, e a mulher está morta antes de morrer. São duas pessoas mortas, vingando-se uma da outra, pois cada uma pensa que a outra a matou. Vingança, ódio, ciúme - e tudo torna-se muito feio.
No Ocidente, um tipo diferente de fenômeno está acontecendo, mas que, no fundo, é o mesmo que no Oriente, só que no outro extremo. O casamento arranjado foi eliminado, e isso é bom. Não é uma instituição que valha a pena conservar. Mas ao eliminá-la, o amor não surgiu. Apenas o sexo tornou-se livre. E quando o sexo é livre, você está sempre com medo, pois é um arranjo temporário.
Você está com uma mulher hoje. Amanhã ela pode estar com outra pessoa, e ontem estava com outra, ainda. Apenas esta noite ela está com você. Como esse relacionamento pode ser íntimo e profundo?
Pode ser apenas um encontro de superfícies.
Não se pode penetrar um no outro, pois isso requer amadurecimento, requer tempo. Requer profundidade, intimidade, um viver junto, um estar junto. Um longo tempo é necessário. Então as profundezas de cada um se abrem, e podem dialogar... Mas o que acontece normalmente é apenas um conhecimento superficial. No Ocidente, você pode encontrar uma mulher no trem, fazer amor, e deixá-la em qualquer estação. Ela não se importa, pode não vê-lo nunca mais, pode nem saber o seu nome.
Se o sexo torna-se uma coisa tão trivial, apenas um assunto do corpo, onde superfícies se encontram e se separam, sua profundeza permanece intocada. E você está perdendo algo - algo importante e muito misterioso - pois você toma consciência de sua própria profundeza apenas quando alguém a toca.
Somente através do outro você se torna consciente do seu ser interior. Apenas num relacionamento profundo o amor de alguém ressoa em você, e dá vida à sua profundeza. Somente através do outro você descobre a si mesmo. Existem dois meios de se descobrir: um é a meditação - sem ninguém, você busca suas profundezas. O outro é o amor - com alguém, você busca suas profundezas. A outra pessoa se torna a raiz, a causa para você penetrar em si mesmo. O outro cria um círculo. E os dois amantes ajudam um ao outro. Quanto mais profundo o amor, mais os amantes se sentem profundos. Seus seres interiores se revelam. Desse modo não há ciúmes. O amor não pode ser ciumento. É impossível. O amor é sempre confiante. E se algo acontece que vem quebrar sua confiança, você tem de aceitar.
Nada pode ser feito a esse respeito, pois qualquer coisa que você faça irá destruir o outro. E alguém que realmente ama o outro, é incapaz de destruí-lo. A confiança não pode ser forçada. O ciúme tenta forçá-la. O ciúme tenta obrigar você a fazer todo o esforço para que a confiança seja mantida. Mas a confiança não é algo para ser mantido. Ela existe ou não existe. E eu digo que nada pode ser feito a esse respeito. Se existe, você pode ir adiante; se não existe, é melhor separar-se da outra pessoa. Não lute, pois estará perdendo o seu tempo, a sua vida. Se você ama alguém, e há um encontro profundo dos dois seres, isso é bom e belo. Mas se esse encontro não está acontecendo, separem- se. E não crie nenhum conflito ou luta por causa disso, pois nada será conseguido através de luta, e seu tempo será perdido, e sua capacidade de amar prejudicada. Você poderá repetir tudo de novo com outra pessoa. Se não há confiança, separem-se. E quanto mais cedo, melhor. Para que você não se destrua, não se prejudique. E sua capacidade de amar permaneça viva e fresca, e você possa amar outra pessoa.
Se esse não é o momento, se esse homem ou essa mulher não serve para você, separem-se, mas não se destruam mutuamente. A vida é muito curta e as possibilidades são muito precárias. Podem ser destruídas. E, uma vez danificadas, não há como repará-las. No que diz respeito ao amor, tanto ainda tem de ser feito por todos e tão pouco tempo resta para fazê-lo. Não desperdice sua energia com lutas, ciúmes, conflitos. Separe-se, e faça isso de uma forma amigável. Procure em outro lugar, procure uma pessoa que irá amar você. Não fique preso à pessoa errada, que não lhe serve. Não fique com raiva. Isso não adianta nada. E não tente forçar uma confiança.
Ninguém pode forçá-la; isso nunca acontece. Você perderá tempo e energia e talvez acorde quando nada mais puder ser feito. Separe-se. Ou confie, ou vá embora. O amor sempre confia. E se ele acha que a confiança não é mais possível, ele simplesmente vai embora de uma forma amigável. Não há conflito nem luta. O sexo cria o ciúme. Encontre, descubra o amor. Não faça do sexo a coisa básica. Ele não é a coisa básica. A Índia perdeu muito com os casamentos arranjados.
O Ocidente está perdendo com o amor livre. A Índia perdeu o amor, porque os pais eram muito calculistas e interesseiros. Não permitiam que seus filhos se apaixonassem. Isso é perigoso; ninguém sabe aonde pode levar.... Eles eram muito astutos e, por causa da astúcia, a Índia perdeu toda a possibilidade de amor. No Ocidente, eles são muito rebeldes, muito jovens; não são astutos e, sim, infantis. Fizeram do sexo algo gratuito, disponível em qualquer lugar: Não há necessidade de ir fundo para descobrir o amor; goze o sexo e fique por aí mesmo. Por causa do sexo, o Ocidente está perdendo. Por causa do casamento interesseiro, o Oriente perdeu. Mas, se você está alerta, não precisa ser oriental, nem ocidental. O amor não é oriental, nem ocidental.
Tente descobrir o amor dentro de você.O amor é um estado de ser. Seja amoroso. Torne-se amoroso. E se você amar, mais cedo ou mais tarde aparecerá uma pessoa para você, pois um coração amoroso acaba encontrando outro coração amoroso. Isso sempre acontece. Você encontrará a pessoa certa. Mas se você for ciumento, não encontrará; se você só quer sexo, não encontrará; se quer apenas segurança, não encontrará. O tornar-se amoroso é um caminho perigoso... e só os que têm preparo e coragem podem trilhá-lo. E eu digo o mesmo para o caminho da meditação - ele é só para os corajosos. E há apenas dois caminhos para se chegar ao Divino: meditação e amor. Descubra qual é o seu caminho, qual pode ser o seu destino.
Osho,
Roots and Wings
Raízes e Asas
Copyright © 2005 Osho International Foundation

sábado, 18 de julho de 2009

Meditação de Enraizamento


Os Chakras são vórtices esféricos que agem como transmissores e receptores para a energia vital. Alteram nossa atividade no plano físico através da função das glândulas endócrinas. Essas glândulas afetam a substância física no nível das funções orgânicas, do equilíbrio mental e da integridade emocional.
Para fazer esta meditação guiada, você pode fazer um ritual de abertura, tal como acender uma vela ou um incenso e você estará pronto para começar.

1. Sente-se, ou permaneça em pé, em posição que lhe seja mais confortável, se possível descalço, com a planta dos pés inteira em contato com chão. Feche os olhos. Concentre-se em sua respiração. Sinta seu corpo relaxar. Relaxe seu corpo, especialmente seus braços, suas costas, seus ombros e seu pescoço. Respire lenta e profundamente, tranqüilizando-se mais e mais a cada respiração.

2. Quando se sentir relaxado, visualize que da planta de seus pés, começam a nascer raízes, que vão crescendo para baixo lentamente, ramificando-se, e penetrando suavemente à Terra. Aos poucos, suavemente, suas raízes crescem até atingir o centro da terra. Sinta-se neste momento estável e com equilíbrio.

3. A cada suave e profunda expiração, com suas raízes na terra, descarregue todas as tensões do seu corpo através de suas raízes. A terra transmuta energias. Descarregue agora na terra medos, ansiedade, angústia, mágoa, raiva. Solte pelas raízes tristezas, decepção, frustração, cansaço. Deixe na terra todos os sentimentos e sensações negativas que ainda estejam aí.


4. Quando sentir alívio e abertura, inicie por absorver a energia pura da Terra por todas as suas raízes. A terra alimenta, cura e equilibra. A cada inspiração, absorva a energia curativa da Terra. Sinta por estes momentos a energia fresca da terra e imagine todo o seu corpo alimentado por essa energia

5. Sinta agora que a energia absorvida entra na base da sua coluna, concentrando-se em seu primeiro chakra: o chakra raiz ou básico. Visualize neste chakra uma bola de luz vermelha brilhando intensamente. Com a abertura e ativação, neste momento, você se sente à vontade neste mundo, confortável com seu senso de segurança. Sente profunda vontade de viver.


6. Em seu tempo, permita que a energia vinda da Terra, assumindo a cor alaranjada, continue a subir por sua coluna até alcançar seu o segundo chakra: o chakra sacro ou umbilical, que se localiza quatro dedos abaixo do seu umbigo. Visualize nesta região de seu corpo uma bola irradiando intensa luz na cor alaranjada. Com a abertura e energização deste chakra, você se sente agora com capacidade de sentir prazer e satisfação no seu corpo, sente a energia criativa e sexual fluindo livremente.

7. Quando sentir-se pronto, no seu tempo, suavemente sinta a energia da Terra subindo agora na cor amarela, até atingir o terceiro chakra, do Plexo Solar. Visualize um sol de luz amarela vibrante tomando o seu Plexo Solar. Tome consciência de que você é forte, sadio, e tem poder de concretizar tudo o que veio para fazer nesta vida. Sinta-se capaz de concretizar seus desejos, sinta-se um ser inteiro, dotado da capacidade de realizar o que queira.

8. Sinta que aos poucos, em seu tempo, a energia flui e assumindo a cor verde, sobe até o chakra cardíaco. Visualize uma linda bola de luz verde brilhando no meio do seu peito. Sinta agora a sua ligação com a natureza amorosa, com a força e a ternura de seus sentimentos. Tenha consciência de que você é um ser de amor que veio a este mundo para sentir amor, para dar e para receber amor.

9. Deixe a energia continuar a subir mais um pouco, até um ponto do seu peito localizado entre o chakra cardíaco e o da garganta, onde está o Timo, o chakra do amor incondicional e da compaixão. Visualize neste ponto uma linda bola de luz na cor rosa. Sinta a sua ligação com a sua família, com seus amigos e com toda a humanidade. Tenha consciência de que você é único, e é parte da humanidade. você está ligado a todas as pessoas e a tudo o que existe.


10. No seu tempo, permita que a energia da Terra continue a subir, assumindo agora a cor azul celeste, tomando sua garganta, onde está o chakra laríngeo. Visualize no chakra uma bola de luz azul-celeste brilhante. Se sentir vontade, você pode emitir algum som, qualquer som ou ruído que lhe traga alívio ou satisfação. Isto vai massagear-lhe os músculos da garganta e abrir o seu centro de comunicação. Solte o que estiver preso nesta região. Com o equilíbrio deste chakra, você se sente verdadeiramente aberto para a comunicação e com equilíbrio entre ouvir e falar.

11. Quando se sentir pronto, sinta a energia agora na cor azul índigo subindo até o ponto localizado na sua testa, entre as sobrancelhas. Visualize uma bola de luz azul-anil brilhando dentro da sua testa. Ao ativar este chakra, você sente a expanção de sua consciência, e pode ficar desperto para a sua intuição e percepção extra-sensorial,


12. No seu tempo, visualize uma cascata de luz violeta descendo do céu e entrando em sua cabeça pelo chakra da coroa, você se sente neste momento ligado aos céus, recebendo uma revigorante carga de energia cósmica. Permita que agora a energia ilumine com luz violeta todo o topo da sua cabeça. Sinta-se conectado à sua consciência divina, ao seu Eu Superior. Concentre-se nesse ponto e continue respirando de maneira suave e profunda, cada vez mais tranqüila, permitindo que a energia aumente a intensidade.

13. Volte sua consciência para suas raízes, no centro da terra, e visualize a energia que sobe da Terra, passando suavemente por cada um dos seus chakras, chakra básico, chakra sacro, chakra do plexo solar, chakra cardíaco, timo, chakra laríngeo, terceiro olho, e por fim encontra a energia cósmica no topo de sua cabeça.


14. Visualize que com o encontro destas duas energias, vai formando-se uma bola de luz na cor prata, que suavemente vai se expandindo e envolvendo todo o seu corpo

15. A luz prata continua a se expandir até tomar todos os seus corpos sutis, limpando e purificando o seu corpo físico, equilibrando, curando e harmonizando todos os seus chakras, bem como todos os seus corpos etéreos.


16. Continue a respirar de forma suave e uniforme. Sinta todos os seus chakras enchendo-se de luz e em rotação.

17. Sinta as energias vindas do Céu e da Terra fluindo através de cada um dos seus chakras e ligando o seu corpo ao cosmos. Tome consciência neste momento de todos os seus chakras de uma só vez, ativos e abertos, absorvendo e distribuindo a energia vital ao seu corpo etéreo e corpo físico. Sinta-se saudável.

18. Observe a sua respiração. Sinta-se em profunda serenidade e equilíbrio, a cada respiração você se sente melhor, mais equilibrado, com mais saúde. E aos poucos vá recuperando a consciência do seu corpo e do lugar onde você se encontra. Quando estiver pronto, no seu tempo, abra vagarosamente os olhos.

Meditação elaborada com colaboração de: Cris Ratier ( Padma Shanti)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Amar e ficar sozinho


As pessoas precisam ser ensinadas que ninguém pode amar durante as vinte e quatro horas do dia; períodos de descanso são necessários. E ninguém pode amar por dever. O amor é um fenômeno espontâneo: quando quer que aconteça, acontece; e, quando quer que não aconteça, não acontece. Nada pode ser feito quanto a isso. Se fizer qualquer coisa, você criará um fenômeno falso, uma representação.
Amantes verdadeiros, amantes inteligentes, tornarão o outro alerta para o fenômeno: "Quando eu quiser ficar sozinho, isso não significa que eu o estou rejeitando. Na verdade, é devido ao seu amor que você tornou isso possível para mim, eu ficar sozinho.". E, se sua mulher quiser ficar sozinha por alguns dias, você não ficará ferido. Você não dirá que foi rejeitado, que seu amor não foi recebido e saudado. Você respeitará sua decisão de ficar sozinha por alguns dias. Na verdade, você ficará feliz! Seu amor era tanto, que ela está se sentindo vazia; agora, ela precisa descansar para tornar-se plena novamente.
Isso é inteligência.
Comumente, você pensa que foi rejeitado. Você vai até a sua mulher e, se ela não está querendo ficar com você, ou não estiver muito amorosa com você, você sente grande rejeição. Seu ego fica ferido. Esse ego não é uma coisa muito inteligente. Todos os egos são idiotas. A inteligência não reconhece nenhum ego: a inteligência simplesmente vê o fenômeno, tenta compreender por que a mulher não quer ficar com você. Não que ela o esteja rejeitando - você sabe que ela o ama muito, ela o ama muito - mas neste momento ela quer ficar sozinha. E, se você a ama, você a deixará sozinha; você não a torturará, você não a obrigará a fazer amor com você.
E se o homem quiser ficar sozinho, a mulher não pensará: "Ele não está mais interessado em mim! Ele deve estar interessado por uma outra mulher!". Uma mulher inteligente deixará o homem sozinho; assim, ele pode novamente se integrar, de modo que novamente ele tenha energia para compartilhar. E esse ritmo é como o dia e a noite, o verão e o inverno; vai mudando.
E, se duas pessoas são realmente respeitosas - e o amor é sempre respeitoso, ele reverencia o outro: ele é uma verdadeira veneração, um estado de oração - então, lenta, lentamente, você compreenderá um ao outro cada vez mais e mais. E você se tornará ciente do ritmo do outro e do seu próprio ritmo. E, logo, logo, vocês descobrirão que a partir do amor, a partir do respeito, seus ritmos vão chegando cada vez mais e mais próximos: quando você sente amor, ela sente amor. Isso se consolida. Consolida-se por si mesmo. Há uma sincronicidade.
Alguma vez você observou isso? Se você cruza com dois amantes verdadeiros, você verá muitas coisas parecidas neles. Verdadeiros amantes se tornam como se fossem irmãos e irmãs. Você se surpreenderá: nem irmãos e irmãs são tão parecidos. Suas expressões, o modo de andar, o modo de falar, os gestos - dois amantes se tornam parecidos e, contudo, tão diferentes. Isso começa a acontecer naturalmente. Só por ficarem juntos, lenta, lentamente, eles ficam sintonizados um com o outro. Verdadeiros amantes não precisam dizer nada um ao outro - o outro imediatamente compreende, compreende intuitivamente.
Se a mulher fica triste, ela pode não dizê-lo, mas o homem compreenderá e a deixará sozinha. Se o homem fica triste, a mulher compreende e o deixa sozinho - arranja uma desculpa para deixá-lo sozinho. Gente estúpida faz exatamente o oposto: nunca deixam o outro sozinho - ficam constantemente um com o outro, cansando e entediando um ao outro; nunca deixando nenhum espaço para o outro existir.
O amor dá liberdade e o amor ajuda o outro a ser ele mesmo ou ela mesma. O amor é um fenômeno muito paradoxal. De um modo ele o torna uma alma em dois corpos; de outro lado, ele lhe dá individualidade, singularidade. Ele o ajuda a abandonar seus pequenos eus, mas também o ajuda a alcançar o supremo Eu. Então, não é nenhum problema: o amor e a meditação são duas asas, e elas equilibram-se. E, entre as duas, você cresce, entre as duas, você chega a Deus.

OSHO, Philosophia Perennis, Vol. 1, # 5